segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

CIA financia combate às Farc na Colômbia há 10 anos, diz jornal

CIA financia combate às Farc na Colômbia há 10 anos, diz jornal
Suposto programa oculto, avalizado por Bush e Obama, deu ao país dados e armas
DE SÃO PAULO

A agência de inteligência americana vem ajudando há uma década o Exército colombiano a combater as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, grupo guerrilheiro que está fragilizado após 50 anos de existência.
A fraqueza decorre do apoio americano, que já permitiu ao governo colombiano matar mais de 20 líderes rebeldes, afirma reportagem do "Washington Post" de ontem.
O programa secreto da CIA fora aprovado pelo presidente George W. Bush no início dos anos 2000, e seguiu sob o governo de Barack Obama, disseram mais de 30 militares e diplomatas ao jornal.
A cooperação funciona em duas frentes: com acesso a informações americanas em tempo real sobre o paradeiro dos líderes rebeldes e, desde 2006, com o envio de armas e de tecnologia militar.
O principal item dado ao país latino-americano é um kit de GPS de US$ 30 mil (R$ 71 mil) que transforma uma bomba sem precisão em um artefato que consegue entrar na floresta e matar um inimigo com baixa chance de erro, caso se tenha sua localização.
Em 2008, a Aeronáutica colombiana lançou mísseis inteligentes americanos através da fronteira com o Equador para matar Raul Reyes, um dos dirigentes das Farc, afirmaram militares americanos.
A ajuda oculta ainda incluiu escutas da NSA (Agência de Segurança Nacional), órgão que monitorou ligações da presidente Dilma Rousseff e de outros líderes mundiais.
O pacote oculto não fez parte dos US$ 9 bilhões destinados ao país no Plano Colômbia, iniciado pelo Exército americano em 2000.
Casa Branca, CIA e o governo da Colômbia não se pronunciaram sobre a reportagem.


Reprodução da Folha de São Paulo

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